Guia Completo: Escolhendo Os Melhores Tipos de Bicicletas Para Triatlon

Quando falamos de desempenho, ainda mais se tratando de esportes como é o caso do triatlon que exige muito dos atletas, tanto na parte física quanto mentalmente. Cada uma delas exige habilidades e equipamentos específicos, mas nenhuma é tão importante quanto a bicicleta. 

A bicicleta é o meio de transporte que leva o atleta de uma etapa a outra, e também é a que consome mais tempo e energia. Por isso, escolher a bicicleta certa é fundamental para garantir um bom desempenho e evitar lesões.

Mas como escolher o melhores tipos de bicicletas para o triatlo? Quais são os tipos, as características e os componentes que devem ser levados em conta? Como ajustar a bicicleta ao seu corpo e ao seu estilo de pedalada? Neste guia completo, vamos responder a essas e outras perguntas, e te dar dicas para fazer a melhor escolha possível.

Existem basicamente três tipos de bicicletas que podem ser usadas no triatlon: as bicicletas de estrada, as bicicletas Aero e as bicicletas de Contra-relógio (TT). Cada uma tem suas vantagens e desvantagens no qual iremos discutir logo a seguir. 

Bicicletas de Estrada 

As bicicletas de estrada são as mais comuns e versáteis entre os tipos de bicicletas para triatlo. Elas têm um design leve, rodas finas e pneus lisos, que permitem uma boa aceleração e manobrabilidade. Além disso, elas têm uma variedade de marchas e posições de guidão, que se adaptam a diferentes terrenos e condições climáticas.

Vantagens e desvantagens

As principais vantagens das bicicletas de estrada são:

• Custo-benefício: as bicicletas de estrada são geralmente mais baratas do que as outras opções, e podem ser usadas para outros fins além do triathlon, como treinos, passeios ou deslocamentos.
• Conforto: as bicicletas de estrada oferecem uma postura mais ereta e relaxada, que reduz a tensão nos braços, ombros e costas, e facilita a respiração e a visão.
• Versatilidade: as bicicletas de estrada podem ser usadas em diferentes tipos de estradas, desde asfalto até cascalho, e podem ser facilmente modificadas com acessórios, como aerobars, rodas mais aerodinâmicas ou pneus mais resistentes.

As principais desvantagens das bicicletas de estrada são:

• Velocidade: as bicicletas de estrada não são as mais rápidas entre os tipos de bicicletas para triatlo, pois têm uma maior resistência ao vento e ao atrito, e exigem mais esforço do ciclista para manter uma alta cadência.
• Transição: as bicicletas de estrada podem dificultar a transição para a corrida, pois exigem uma mudança maior na postura e na musculatura, e podem causar mais fadiga nas pernas e nos quadris.
• Adequação para diferentes fases do percurso. As bicicletas de estrada são adequadas para as seguintes fases do triatlo:
• Iniciantes: as bicicletas de estrada são uma boa escolha para quem está começando no triatlo, pois são mais fáceis de pilotar, mais confortáveis e mais acessíveis do que as outras opções.
• Distâncias curtas: as bicicletas de estrada são uma boa opção para as distâncias curtas, como sprint ou olímpico, pois permitem uma boa aceleração e manobrabilidade, e não exigem uma grande vantagem aerodinâmica.
• Percurso variado: as bicicletas de estrada são uma boa opção para os percursos que têm variações de relevo, curvas, vento ou clima, pois permitem uma maior adaptação e controle do ciclista.

Bicicletas de Contra-relógio (TT)

As bicicletas de contra-relógio (TT) são as mais específicas e aerodinâmicas entre os tipos de bicicletas para triathlon. Elas têm um design que visa reduzir ao máximo a resistência ao vento e ao atrito, e aumentar ao máximo a eficiência e a velocidade. 

Para isso, elas têm um quadro mais angulado e alongado, rodas mais largas e lisas, pneus mais finos e inflados, e um guidão especial, chamado de aerobar, que permite ao ciclista se deitar sobre a bicicleta e assumir uma postura mais horizontal e aerodinâmica.

Características específicas As principais características específicas das bicicletas de contra-relógio (TT) são:

Quadro: 

O quadro das bicicletas de TT tem um formato mais triangular e alongado, que diminui a área frontal da bicicleta e melhora o fluxo de ar. Além disso, o quadro tem um tubo superior mais baixo e um tubo inferior mais alto, que formam um ângulo mais agudo com o tubo do selim, que é mais inclinado para a frente. Essa geometria permite ao ciclista se aproximar mais do guidão e ter uma postura mais aerodinâmica.

Rodas: 

As rodas das bicicletas de TT têm um diâmetro maior e uma largura menor do que as rodas das bicicletas de estrada, o que reduz o peso e o atrito, e aumenta a rigidez e a estabilidade. Além disso, as rodas têm um perfil mais alto e liso, que melhora a aerodinâmica e a inércia. Algumas bicicletas de TT usam rodas traseiras fechadas, chamadas de disc wheels, que eliminam o arrasto causado pelos raios, mas são mais sensíveis ao vento lateral.

Pneus: 

Os pneus das bicicletas de TT têm uma espessura menor e uma pressão maior do que os pneus das bicicletas de estrada, o que reduz o contato com o solo e o atrito, e aumenta a velocidade e a eficiência. No entanto, esses pneus também são mais suscetíveis a furos e a danos, e exigem mais cuidado e manutenção.

Guidão: 

O guidão das bicicletas de TT é o elemento mais distintivo e importante, pois é o que permite ao ciclista assumir uma postura mais aerodinâmica e eficiente. O guidão é composto por duas partes: o base bar, que é o guidão normal, usado para frear, mudar de marcha e fazer curvas, e o aerobar, que é o guidão especial, usado para se deitar sobre a bicicleta e manter uma posição estável e aerodinâmica. 

O aerobar tem duas extensões, chamadas de ski bends ou s-bends, que se curvam para cima e para dentro, e duas almofadas, chamadas de arm pads ou elbow pads, que apoiam os braços e os cotovelos do ciclista. O aerobar também tem dois manetes, chamados de bar-end shifters, que permitem ao ciclista mudar de marcha sem sair da posição aerodinâmica.

Otimizando o desempenho das bicicletas de contra-relógio (TT)

Para otimizar o desempenho dessas bicicletas caso você decida optar por esse tipo de bike, é preciso considerar os seguintes aspectos:

• Ajuste: o ajuste da bicicleta de TT é fundamental para garantir o conforto, a eficiência e a aerodinâmica do ciclista. O ajuste envolve a escolha do tamanho e do modelo da bicicleta, e a regulagem da altura e da distância do selim, do guidão, do aerobar e dos pedais. O ajuste ideal deve permitir ao ciclista se deitar sobre a bicicleta sem forçar o pescoço, as costas, os ombros, os braços ou os joelhos, e manter uma boa respiração e uma boa visão. O ajuste deve ser feito por um profissional qualificado, e testado em treinos e simulações antes da prova.
• Treino: o treino com a bicicleta de TT é essencial para desenvolver a habilidade, a confiança e a resistência do ciclista. O treino envolve a prática da posição aerodinâmica, que exige uma adaptação muscular, articular e cardiovascular, e que pode causar desconforto e dor nas primeiras sessões. O treino também envolve a prática da mudança de marcha, da frenagem, da curva e da transição, que exigem uma coordenação e uma atenção maiores do que com a bicicleta de estrada. O treino deve ser feito com frequência e intensidade, e variar entre percursos planos, inclinados, ventosos e curvos.
• Estratégia: a estratégia com a bicicleta de TT é importante para maximizar a velocidade, a eficiência e a economia do ciclista. A estratégia envolve a definição da cadência, da potência, da frequência cardíaca e do ritmo ideais para o ciclista, de acordo com o seu nível, o seu objetivo e o seu percurso. A estratégia também envolve a gestão do esforço, da hidratação, da nutrição e da recuperação do ciclista, de forma a evitar a fadiga.

Bicicletas Aero

Por último temos as bicicletas aero são um tipo intermediário entre as bicicletas de estrada e as bicicletas de contra-relógio (TT). Elas têm um design que combina elementos de ambos os tipos, buscando equilibrar a velocidade, a aerodinâmica, o conforto e a versatilidade. 

Para isso, elas têm um quadro mais leve e rígido do que as bicicletas de estrada, mas mais confortável e adaptável do que as bicicletas de TT, rodas mais largas e lisas do que as bicicletas de estrada, mas mais leves e ágeis do que as bicicletas de TT, e um guidão que permite ao ciclista alternar entre uma posição mais ereta e uma posição mais aerodinâmica, usando aerobars removíveis ou integrados.

Design e aerodinâmica O design e a aerodinâmica das bicicletas aero são os seus principais diferenciais e atrativos. O design e a aerodinâmica envolvem os seguintes aspectos:

Quadro: 

O quadro das bicicletas aero tem um formato mais arredondado e aerodinâmico do que o quadro das bicicletas de estrada, mas mais convencional e confortável do que o quadro das bicicletas de TT. O quadro tem um tubo superior mais curto e um tubo inferior mais largo, que formam um ângulo mais aberto com o tubo do selim, que é mais reto e vertical. 

Essa geometria permite ao ciclista ter uma postura mais ereta e relaxada, mas também se aproximar mais do guidão e se inclinar mais para a frente, quando necessário. O quadro também tem um tubo dianteiro mais baixo e um tubo traseiro mais alto, que criam um espaço maior entre a roda dianteira e o garfo, e entre a roda traseira e o canote, reduzindo o arrasto e o turbilhão de ar. 

Além disso, o quadro tem um formato mais ovalado e liso, que minimiza as arestas e as saliências, e melhora o fluxo de ar.

Rodas: 

As rodas das bicicletas aero têm um diâmetro e uma largura maiores do que as rodas das bicicletas de estrada, mas menores do que as rodas das bicicletas de TT, o que equilibra o peso, o atrito, a rigidez e a estabilidade. 

As rodas também têm um perfil mais alto e liso do que as rodas das bicicletas de estrada, mas mais baixo e ágil do que as rodas das bicicletas de TT, o que equilibra a aerodinâmica, a inércia e a manobrabilidade. Algumas bicicletas aero usam rodas traseiras fechadas, chamadas de disc wheels, que eliminam o arrasto causado pelos raios, mas são mais sensíveis ao vento lateral.

Pneus: 

os pneus das bicicletas aero têm uma espessura e uma pressão maiores do que os pneus das bicicletas de estrada, mas menores do que os pneus das bicicletas de TT, o que equilibra o contato com o solo, o atrito, a velocidade e a eficiência. 

Os pneus também têm uma textura mais lisa e uniforme do que os pneus das bicicletas de estrada, mas mais aderente e resistente do que os pneus das bicicletas de TT, o que equilibra a aerodinâmica, a tração e a durabilidade.

Guidão: 

O guidão das bicicletas aero é o elemento mais variável e personalizável, pois é o que permite ao ciclista alternar entre uma posição mais ereta e uma posição mais aerodinâmica. O guidão é composto por duas partes: o base bar, que é o guidão normal, usado para frear, mudar de marcha e fazer curvas, e o aerobar, que é o guidão especial, usado para se deitar sobre a bicicleta e manter uma posição estável e aerodinâmica. 

O aerobar pode ser removível ou integrado ao base bar, e pode ter diferentes formatos, tamanhos e posições, de acordo com a preferência e a necessidade do ciclista. O aerobar também tem dois manetes, chamados de bar-end shifters, que permitem ao ciclista mudar de marcha sem sair da posição aerodinâmica.

Impacto na velocidade e resistência 

O impacto das bicicletas aero na velocidade e na resistência do ciclista é significativo e vantajoso. O impacto envolve os seguintes fatores:

• Velocidade: as bicicletas aero são mais rápidas do que as bicicletas de estrada, pois têm uma menor resistência ao vento e ao atrito, e uma maior eficiência e inércia. Estudos mostram que as bicicletas aero podem economizar entre 10 e 20 watts de potência em relação às bicicletas de estrada, o que equivale a uma diferença de cerca de 1 a 2 minutos em uma prova de 40 km .
• Resistência: as bicicletas aero são mais resistentes do que as bicicletas de TT, pois têm uma maior conforto e versatilidade, e uma menor fadiga e tensão. Estudos mostram que as bicicletas aero podem melhorar a economia de oxigênio e a frequência cardíaca em relação às bicicletas de TT, o que equivale a uma diferença de cerca de 3 a 5% na performance na corrida.

Portanto, na hora de escolher entre uma bicicleta, é preciso considerar três fatores principais: geometria, aerodinâmica e eficiência.

Cada tipo de bicicleta tem suas vantagens e desvantagens, dependendo do percurso, do clima e do estilo de pilotagem do triatleta. De forma resumida, vamos ver as principais diferenças entre elas para que você não tenha mais dúvidas na hora de escolher…

Bicicleta de estrada: 

É a bicicleta mais versátil e comum entre os triatletas. Ela tem uma geometria mais confortável e ergonômica, que permite uma postura mais relaxada e uma melhor distribuição do peso. 

Ela também tem uma maior variedade de marchas e de ajustes, o que facilita a adaptação a diferentes terrenos e condições. A bicicleta de estrada é ideal para percursos com subidas, curvas e ventos laterais, pois oferece mais controle e estabilidade.

No entanto, ela não é tão aerodinâmica e eficiente quanto as outras opções, pois tem um arrasto maior e uma posição mais alta do ciclista. Ela também pode ser mais pesada e menos rígida, o que reduz a transferência de potência.

Bicicleta de contra-relógio (TT): 

É a bicicleta mais aerodinâmica e eficiente entre as três. Ela tem uma geometria mais agressiva e rebaixada, que permite uma postura mais inclinada e uma menor área frontal. Ela também tem um design mais aerodinâmico, com tubos mais finos e lisos, rodas mais fechadas e guidões especiais. 

A bicicleta de TT é ideal para percursos planos, retos e com pouco vento, pois oferece uma maior velocidade e economia de energia. No entanto, ela não é tão confortável e versátil quanto a bicicleta de estrada, pois tem uma menor amplitude de movimento e de ajustes. Ela também pode ser mais instável e difícil de manobrar, especialmente em curvas, subidas e ventos fortes.

Bicicleta aero: 

É uma bicicleta híbrida, que combina características da bicicleta de estrada e da bicicleta de TT. Ela tem uma geometria intermediária, que permite uma postura mais equilibrada e uma maior flexibilidade. Ela também tem um design mais aerodinâmico do que a bicicleta de estrada, mas menos do que a bicicleta de TT, com tubos mais largos e curvos, rodas mais abertas e guidões normais. 

A bicicleta aero é uma boa opção para percursos mistos, que alternam trechos planos e inclinados, retos e curvos, com ventos variados. Ela oferece uma boa combinação de velocidade, conforto e controle, mas não é tão otimizada quanto as outras duas.

Considerações Individuais

Além dos tipos e das características das bicicletas, é preciso levar em conta as considerações individuais de cada atleta. Afinal, cada pessoa tem um corpo, um nível e um objetivo diferentes, e isso deve ser refletido na escolha da bicicleta.

As considerações individuais mais importantes são: altura, peso e preferências de posição.

• Altura: é a medida que define o tamanho do quadro e do selim da bicicleta. A altura do atleta deve ser compatível com a altura da bicicleta, para evitar problemas de postura e de alcance. A altura da bicicleta pode ser ajustada de acordo com o tamanho do tubo superior, do tubo inferior e do canote do selim.
• Peso: é a medida que define a resistência e a rigidez da bicicleta. O peso do atleta deve ser proporcional ao peso da bicicleta, para evitar problemas de desgaste e de tração. O peso da bicicleta pode ser reduzido de acordo com o material do quadro, das rodas e dos componentes.
• Preferências de posição: são as preferências pessoais do atleta em relação à posição sobre a bicicleta. As preferências de posição devem ser respeitadas na escolha da bicicleta, para evitar problemas de conforto e de desempenho. As preferências de posição podem ser modificadas de acordo com o ângulo do tubo, a altura do guidão e a distância do selim.

A escolha da bicicleta certa para o triatlon tem um impacto direto no desempenho pessoal do atleta. Uma bicicleta adequada ao seu corpo e ao seu estilo pode fazer a diferença entre uma prova satisfatória e uma prova frustrante. Por isso, é importante testar e comparar diferentes opções antes de decidir.

Orçamento e Custo-Benefício

Outro fator que deve ser considerado na escolha da bicicleta para o triatlo é o orçamento disponível. Afinal, as bicicletas não são baratas, e o preço pode variar muito de acordo com a marca, o modelo e os componentes. Por isso, é preciso avaliar o custo-benefício de cada opção, e buscar o melhor equilíbrio entre qualidade e preço.

As opções de bicicletas podem ser divididas em três faixas de preço: baixa, média e alta.

1. Baixa: são as bicicletas mais acessíveis, que custam entre R$ 2.000 e R$ 5.000. Elas têm um quadro de alumínio ou de aço, um grupo de marchas básico e um conjunto de rodas simples. Elas são indicadas para iniciantes ou para quem tem um orçamento limitado.
2. Média: são as bicicletas intermediárias, que custam entre R$ 5.000 e R$ 10.000. Elas têm um quadro de carbono ou de alumínio, um grupo de marchas intermediário e um conjunto de rodas melhorado. Elas são indicadas para intermediários ou para quem busca um bom custo-benefício.
3. Alta: são as bicicletas mais sofisticadas, que custam acima de R$ 10.000. Elas têm um quadro de carbono ou de titânio, um grupo de marchas avançado e um conjunto de rodas de alto desempenho. Elas são indicadas para avançados ou para quem busca o máximo de qualidade.

Na hora de definir o seu orçamento, é preciso levar em conta o seu nível de experiência, o seu objetivo de prova e a sua frequência de uso. Não adianta comprar uma bicicleta cara se você não vai usá-la com regularidade, nem comprar uma bicicleta barata se você quer competir em alto nível. 

O ideal é investir em uma bicicleta que atenda às suas necessidades e expectativas, sem comprometer o seu bolso.

Para otimizar o seu orçamento, existem algumas dicas que podem te ajudar a economizar sem perder qualidade. Por exemplo:

Componentes Essenciais

Além do quadro, que é a estrutura principal da bicicleta, existem outros componentes que são essenciais para o seu funcionamento e desempenho. Esses componentes são: grupo, rodas, selim e guidão. Esses componentes são responsáveis por transmitir, absorver e direcionar a força do atleta sobre a bicicleta, e devem ser escolhidos com cuidado e critério.

Na hora de escolher os componentes essenciais da bicicleta para o triathlon, é preciso considerar o seu nível de atleta, o seu tipo de prova e o seu orçamento. Não adianta comprar componentes caros e sofisticados se você não sabe usá-los ou se eles não são adequados ao seu perfil. O ideal é investir em componentes que melhorem o seu desempenho e o seu conforto, sem comprometer a sua segurança.

Para escolher os componentes essenciais da bicicleta, existem algumas recomendações que podem te orientar a fazer a melhor escolha possível. Por exemplo:

• Para iniciantes: opte por um grupo básico ou intermediário, como o Claris, o Sora ou o Tiagra, que têm um bom custo-benefício e uma boa durabilidade. Escolha rodas de perfil baixo ou médio, que têm uma maior estabilidade e uma menor resistência ao vento. Prefira um selim de formato e material confortáveis, que tenha um bom ajuste ao seu corpo e ao seu ângulo de pedalada. Use um guidão de estrada, que tenha uma maior versatilidade e uma maior facilidade de controle.
• Para intermediários: opte por um grupo intermediário ou avançado, como o 105, o Ultegra ou o Dura-Ace, que têm uma maior qualidade e uma maior precisão nas trocas de marcha. Escolha rodas de perfil médio ou alto, que tenham uma maior aerodinâmica e uma maior velocidade. Prefira um selim de formato e material anatômicos, que tenha uma menor pressão e uma maior circulação sanguínea. Use um guidão de triatlo, que tenha uma maior aerodinâmica e uma maior economia de energia.
• Para avançados: opte por um grupo avançado ou de ponta, como o Dura-Ace, o SRAM Red ou o Campagnolo Super Record, que têm um menor peso e uma maior eficiência. Escolha rodas de carbono, que tenham uma menor inércia e uma maior rigidez. Prefira um selim de formato e material personalizados, que tenha um ajuste perfeito ao seu corpo e ao seu estilo de pedalada. Use um guidão de extensão, que tenha uma posição mais otimizada e uma maior potência.

Teste de Ajuste e Conforto

Depois de escolher a bicicleta e os componentes para o triatlo, é preciso fazer um teste de ajuste e conforto. Esse teste consiste em verificar se a bicicleta está adequada ao seu corpo e ao seu estilo de pedalada, e se você se sente confortável e confiante sobre ela. Esse teste é muito importante para evitar lesões, melhorar o desempenho e aumentar o prazer de pedalar.

O teste de ajuste e conforto pode ser feito de duas formas: de forma amadora ou de forma profissional.

De forma amadora: 

É quando você mesmo faz o teste, usando algumas medidas e referências básicas. Por exemplo, você pode usar a altura do seu cavalo para ajustar a altura do selim, a distância do seu cotovelo para ajustar a distância do guidão, e o ângulo do seu joelho para ajustar o recuo do selim. Você também pode usar a sua sensação e a sua percepção para ajustar o ângulo do selim, a altura do guidão e a posição das alavancas. Esse teste é mais simples e mais barato, mas também mais impreciso e mais limitado.

De forma profissional: 

É quando você contrata um especialista para fazer o teste, usando equipamentos e técnicas avançadas. Por exemplo, você pode usar um sistema de análise de movimento, que capta e analisa os seus dados biomecânicos, como a sua postura, a sua cadência, a sua potência e a sua simetria.

Você também pode usar um sistema de ajuste dinâmico, que adapta e otimiza os seus parâmetros de acordo com o seu feedback em tempo real, como a sua frequência cardíaca, a sua respiração e a sua fadiga. Esse teste é mais complexo e mais caro, mas também mais preciso e mais completo.

O teste de ajuste e conforto deve ser feito antes de comprar a bicicleta, e também depois de algum tempo de uso, para verificar se há necessidade de fazer algum ajuste ou troca. O teste também deve ser feito sempre que você mudar algum componente da bicicleta, como o selim, o guidão ou as rodas.

Para garantir o conforto durante longas distâncias, existem algumas dicas que podem te ajudar a evitar dores, câimbras e assaduras. Por exemplo:

• Use roupas e acessórios adequados, como capacete, óculos, luvas, bermuda e camiseta, que sejam confortáveis, respiráveis e que protejam do sol, do vento e do suor.
• Use cremes e pomadas específicos, como vaselina, lanolina ou creme antiatrito, que lubrifiquem e hidratem a pele, e que previnam irritações e infecções.
• Use suplementos e hidratação adequados, como isotônicos, géis, barras e cápsulas, que forneçam energia, sais minerais e líquidos, e que evitem a desidratação e a hiponatremia.
• Use técnicas e exercícios de relaxamento, como alongamento, massagem, respiração e meditação, que aliviem a tensão, a dor e o estresse, e que melhorem a circulação e a recuperação.

Conclusão

Escolher a bicicleta perfeita para o triathlon não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Com as informações e as dicas que apresentamos neste guia, você pode fazer uma escolha mais consciente e acertada, e aproveitar ao máximo o seu potencial e o seu prazer no esporte.

Lembre-se de que a bicicleta ideal é aquela que se adapta ao seu corpo, ao seu estilo e ao seu objetivo, e que te oferece o melhor equilíbrio entre conforto, segurança e desempenho. Por isso, não se baseie apenas em modismos, marcas ou preços, mas sim em critérios técnicos, pessoais e profissionais.

E não se esqueça de que a bicicleta é apenas uma parte do triatlo, e que o mais importante é o atleta que está sobre ela. Por isso, treine, prepare-se e divirta-se, e faça desse esporte uma experiência única e inesquecível.

Esperamos que este guia tenha sido útil para você, e que você tenha encontrado a bicicleta perfeita para o triatlon. Se você tiver alguma dúvida, sugestão ou comentário, por favor, fique a vontade para nos contatar. Estamos sempre à disposição para te ajudar. Obrigado pela sua atenção e até a próxima.